quinta-feira, 22 de novembro de 2012



Pensar a intolerância em toda a sua complexidade faz-se necessário pensá-la 
enquanto um conceito histórico que carrega as marcas de seu tempo. Atualmente, por 
exemplo, seu exercício se dá de forma mais sutil, pois o discurso cria a idéia de que 
algumas questões históricas, tão calejadas pelo tempo, já foram resolvidas. Discute-se a 
construção de um espaço social e de socialização para os homossexuais, direitos 
adquiridos para os negros e afro-descendentes, igualdade entre homens e mulheres no 
mercado de trabalho, etc. No entanto, na prática, essas questões não parecem refletir 
exatamente o que está assegurado. O Brasil, principalmente na primeira metade do 
século XX, a intolerância contra os negros ainda era mais acentuada. Eram vistos como 
uma raça inferior que era vista como responsável pelo atraso da sociedade. Nesse 
sentido, este artigo discute a forma como  o pensamento eugenista procurou resolver 
essa questão através de uma proposta intolerante de branqueamento dos povos. 


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