Pensar a intolerância em toda a sua complexidade faz-se necessário pensá-la
enquanto um conceito histórico que carrega as marcas de seu tempo. Atualmente, por
exemplo, seu exercício se dá de forma mais sutil, pois o discurso cria a idéia de que
algumas questões históricas, tão calejadas pelo tempo, já foram resolvidas. Discute-se a
construção de um espaço social e de socialização para os homossexuais, direitos
adquiridos para os negros e afro-descendentes, igualdade entre homens e mulheres no
mercado de trabalho, etc. No entanto, na prática, essas questões não parecem refletir
exatamente o que está assegurado. O Brasil, principalmente na primeira metade do
século XX, a intolerância contra os negros ainda era mais acentuada. Eram vistos como
uma raça inferior que era vista como responsável pelo atraso da sociedade. Nesse
sentido, este artigo discute a forma como o pensamento eugenista procurou resolver
essa questão através de uma proposta intolerante de branqueamento dos povos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário